A revelação externa é que somos levados a concluir que o paraíso prometido não é na terra.
Enquanto o trabalhador cria a riqueza, o patrão acumula, alimentado por uma estrutura que normaliza a exploração, manipulação e disfarça as injustiças sociais com a permissa de se tratar da "ordem imposta".
Imposta por uma força hierárquica, hegemônica, que vai mantendo essa mesma hegemonia com uma interdependência financeira. Numa palavra apenas, conveniência.
Para muitos de nós, a relação com a cultura de mercadoria e conforto, é de amor e ódio.
Ou diria antes talvez, de amor e ócio.
Algures neste caminho somos culpados por morder o isco.
Essa paz não é harmonia, mas sim uma anestesia coletiva que visa manter as engrenagens funcionando, enquanto alguns seguem enriquecendo.
Necessitamos cada mais de desbravar caminhos, de tentar encontrar novas formas de comunicar, usemos para tal efeito as ferramentas certas que o universo da rede global nos oferece e dispõe, não para o ócio mas para criarmos uma nova "inter independência" colectiva.
Se desejarmos realmente fugir ao paraíso globalizado, ou à eterna promessa de um.
Que nunca chega a se realizar, claro.
Imagine-se o rato, na roda, girando e tentando, girando e tentando...almejar o desejado biscoito.
with louder silence
our words toil
caressing a conscience
to blossom in this native soil
scars
once backed by broken promises
now are a dawn
to the shadows of our own province
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