a tua palavra é fragmento de um sonho despedaçado
e não importa o quanto desafortunado és
a tua palavra é o sol poente
ritmo de outono que se canta no oráculo pagão do desconforto
herege palavra, ergue-se para uma batalha mais,
raiva em surdina que se consome em meteoros
contemplação que se expande num ensaio de amor
tornando-se o brando poente que ao longe clama
nesta viagem, pela estrada ladeada e enlameada
porventura haverá mais do que caminhar no revesso das marés?
porventura saberás tu, o que as Parcas, pelas horas douradas nos tecem?
dizem te do receio ou encanto
nesse murmúrio, que se esconde, entre crepúsculos
para que de novo se faça escutar a palavra
e os nossos deuses, será que partiram? - os deuses partiram!
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