Filmado entre 1953 e 1957, este filme é uma adaptação mímica do conto de Thomas Mann escrito em 1940 As cabeças trocadas (Die vertauschten Köpfe). Protagonizado pelo próprio Jodorowsky embora distinto do que viria a ser a sua obra, este video raro tem a particularidade de ser o primeiro trabalho do místico realizador e actor franco-chileno.
"We are such stuff As dreams are made on; and our little life Is rounded with a sleep." The Tempest Act 4, scene 1, 148–158
quinta-feira, 7 de novembro de 2013
Recomendação Cinematográfica - La Cravate (Alejandro Jodorowsky)
Filmado entre 1953 e 1957, este filme é uma adaptação mímica do conto de Thomas Mann escrito em 1940 As cabeças trocadas (Die vertauschten Köpfe). Protagonizado pelo próprio Jodorowsky embora distinto do que viria a ser a sua obra, este video raro tem a particularidade de ser o primeiro trabalho do místico realizador e actor franco-chileno.
segunda-feira, 4 de novembro de 2013
princípios (de uma loucura transitória)
descrevo-as
as dúbias vozes
da nossa
mais obscura imaginação
entre
um beijo de judas
e uma voz
que clamava
uma outra medição,
um memorial
de uma sombra que encantava
pela poesia ébria do esquecimento
indiferente,
por aqui
a terra
ainda nos esperava
tempo sacrificado,
santificado
entre todas as correntes
da memória.
descrevo-a
a nossa assombração
única e imperscrutável
nesta interna
desolação.
através
de um ritmo
tempestuoso,
o mensageiro do abismo
que vislumbrava
todas as poses
destes anjos revoltosos,
é pela reminiscência
dos
corpos vertiginosos
que nascem
todas as nossas revoluções.
escuto-a
a voz de uma outra voz
sem fazer juras de nada, apenas na força do amor
a ânsia de construir
um abrigo no teu corpo
além de toda esta dor
les enfants terribles
respiravam ofegantes
antes de assaltar de novo a noite
trazendo consigo
o balançar
de uma juventude elegante
o trago estúpido
de quem tudo fazia
impacientemente
um carreiro que se perdeu
antes da revolução
na insignificância da figuração
o lustre da nossa ilusão
eruptivo vulcão de toda essa paixão
olhando para o precipício, eu penso
no princípio era a candura da crença
na escuridão brilhava, o templo
pelas asas de um corvo
prometheus
garantiu um dia
aqui regressar
consigo trazendo toda a utopia
nos ramos do amor
brotava tudo o que ele possuía
o eleito errante que se oferecia, a ensinar-nos
como escapar das sombras
invertendo as marés.
Prometheus viveu
à descoberta
do fogo proibido
e o seu sangue ardente
segue correndo
pelas nossas veias
como afluente
de lava
na conjura
em que se sobrevive,
prometheus é o vilão
que se ergue
contra toda a tirania
mergulhando novamente
de encontro
às marés de inverno
onde todas as reverberações
são as nossas cadências de espírito
pelas florestas do imaginário
é como uma flor que sangra
todo o venenoso âmago
da loucura.
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