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segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016

Recomendação cinematográfica - Os Verdes Anos

Tal como a Nouvelle Vague francesa e o Cinema Novo brasileiro em Portugal também terá existido um movimento semelhante. 
Os Verdes Anos de Paulo Rocha foi a primeira longa-metragem de uma nova geração de cinéfilos que visava"melhorar o gosto do público português e alertar para um contexto social opressivo e sem saída".
Paulo Rocha Fernando Lopes seriam talvez os principais nomes dessa geração.
O filme que segundo as palavras do realizador "era uma espécie de parente pobre do M (for murder) do realizador alemão Fritz Lang".
Filme este que terá também a particularidade de apresentar nas suas partituras musicais um guitarrista praticamente desconhecido até à data de nome Carlos Paredes.







terça-feira, 23 de fevereiro de 2016

perpetuated passion's whelm

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2016

the tragedy of the nobodies



from all,
who trespassed 
the immovable truth's

through 
the sounding 
trumpets of disbelief
and voices 
of discouragement
(of those who rather sleep)


it's the measure
of all 
illusions 
in our disguise

the measure
is always ours, 
so it is 
our right to be

between 
the cold grip
and us
we can still 
pretend
- only time can dictate 
how long 'till
 this illusion mend 

soul drifting
in a longing distance 
a rapacious howl 
always rifts 
through your silence 
and mine

 for the previous sages
which now sums the rages
with their elder peers 
we are still the offenders 
to sear once again 
 it's their convenient
 god's will
 under a sinuous
sight 
of the moon

offend 
from pretend
this illusion stitch 
from where 
they also can't reach
(but who used who?!)

the accuser claims 
"I did what the other didn't"
 -  but the indifference of the accused
only says 
"i could have done it 
if you ever let me dreamed it"

 the hidden belief
that sways 
all strings for the accused
 hidden right beneath
a layer of orchestrations
and in a memorial 
   congregation , 

surviving 
through the tragedy 
of the nobodies
that nobody  
regards.

we were young,
we were vain, 
we were 
the bruised bodies
in a ethereal desperation

the lonely ones, 
in all this lonely towns


"daydreaming days 
of a daydreaming nation..."

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2016

I call it malice





                                                                     Edward Munch 


cast up the curtains
to a morning light 
in a cold answer 
a excuse
for her own slander

she was young
she was dead
an empress
in a silky 
deep valley
the violent muse 
overdosed 
in her own perfume
she lay down in all 
her measure
he caught her in his arms
he call it delight
- I call it malice

a dança da morte (totentanz)





      Pelas paredes da noite
a sempre presente irmã
vai reescrevendo as origens
no sugestivo encontro do além
o extinguir da chama da vida
com o suspiro lânguido de morte.

E o rapaz gritou-lhes,

-vamos dançar - a macabra dança!

Um sonho entre sonhos
diante de um outro mundo que clama por ti
em que se cerram fileiras durante séculos
e pelos seus corredores labirínticos
ainda se chora alto, no luto dos finados.
- é tão efémera, esta vida que agora tomei pela mão
por aqui a tua espada de nada te servirá
tolo ou sábio
rico ou pobre
não escaparás à minha sorte.


Espanto da noite,
tolhendo os corpos frívolos
num presságio, numa sonata de gritos
saudemos a praga nocturna!

- O justo e o pecador juntos
tentando escapar à hora desdita.

Resiste! Diz a esperança, esteio sideral da vida.
Não resistirás! Diz a brisa leve de morte.

em cada hemisfério
num nimbo
uma força resiste
intemporal
num movimento arterial
que cresce pelos sentidos.




quarta-feira, 3 de fevereiro de 2016

uma ode moderna (aos nossos sitios imaginados)



                                          Santiago Ribeiro



entre passos leves
e olhos semicerrados
entre pensamento
e o espírito
apenas o vislumbre 
de um outro dia
a agonia 
de quem não mais suportava
o eco 
de uma cidade vazia 

na razia
das veias ligadas
a uma terra
que nunca quis pertencer
 
os cancioneiros 
acordam 
todas as naturezas mortas
entre cordeiros sacrificados
e a têmpera de um rosto pintado,santificado
num palácio 
entre os leitos da penumbra

 todo o meu corpo
esgotava-se
nesta visão etílica de ti.

...etílica/idílica.