recriando toda a natureza do desejo
mãe dos ventos
que recitam as tragédias
despertando paisagens pelo seu vagar
sopro divino nas fronteiras da razão
até ao luto das madrugadas
lívida flor
que desponta no peito
recém nascida
nas quimeras da melancolia
fulgente e decadente
como a estrela da manhã
que retornou do firmamento
sem remorsos
nem piedade
abrindo caminhos como um açoite
todos um, a medida da eternidade
perdidas as meças
a um sol
aonde o medo cria os idolos
e a finitude o desespero
levanta-te e reconhece o teu mundo - digo-te eu.
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