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sábado, 25 de abril de 2020

no meu passeio quotidiano


No meu passeio quotidiano, todos os dias a mesma rua se estendia .

Crime ou inocência?! 

Ou apenas uma relação instintiva com o real

Fotografando instantaneamente a vastidão.

Ao longe, 

bem longe a poeira assentava

e eis que o homem em mim 

de novo se erguia

uma exignia força imiscuída, 

como um vulto

que sentia o clamor de todas as almas famintas 

a inocência citadina devastada


(don't play dead here...we'll dance all over your corpse)


um único desejo crivado de esperança

como quem desperta, temerário  

para um outro dia mais

o passo seguia firme no entanto

a hora dos antigos fascínios aproximava-se.

CONFORTO NUNCA MAIS.



O conforto de outrora era a redenção do corpo

às cartilagens da angústia. 

Eliminando o estado catatónico 

através do êxtase demoníaco 

do vinho, das paixões e da morte

o fascínio pela morte - paralela vivacidade.


(a sepultura será de novo o regresso ao nosso ventre materno)



Felizes e excêntricas 

eram as casualidades.

na era dourada dos seguidores de Hamelin.

Avançando, mesmo que devagar. 

Farejando por perto sempre esse medo. 

Eu caia e erguia me...caia e erguia me...sempre...as vezes que fossem precisas. 

Repetindo vinte vezes o mesmo processo iniciático, 

cerrando os olhos à entrada dos mausoléus. 



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