No céu nocturno do pensamento,
onde as estrelas não estão fixas,
mas em constante movimento,
sento-me entre as tábuas quebradas
e renovadas promessas.
A velha canção do "bem" e do "mal" ecoa nos ventos,
desgastada,
sem brilho,
tesouro das bocas que repetem o que nunca foi seu.
Ah, o anseio pelo comum, pelo que todos conseguem consumir sem esforço – eis o veneno que obscurece a percepção dos criadores.
“(...) É preciso livrar-se do mau gosto de querer estar de acordo com muitos. "Bem" não é mais bem, quando aparece na boca do vizinho. E como poderia haver um "bem comum"? O termo se contradiz: o que pode ser comum sempre terá pouco valor. Em última instância, será como é e sempre foi: as grandes coisas ficam para os grandes, os abismos para os profundos, as branduras e os tremores para os subtis e, em resumo, as coisas raras para os raros.”
– Friedrich W. Nietzsche, em Além do Bem e do Mal: Prelúdio A Uma Filosofia do Futuro.
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