Felizmente tive a oportunidade de
colaborar em algumas curtas-metragens, nomeadamente com o meu colega Nuno Fernandes.
Durante a semana (normalmente às quartas-feiras) no Draculea Café Bar costumava haver sessões de leitura de poesia, moderadas pelo proprietário Valter (que também participava muitas vezes, assinando os seus poemas com o nome de Alexandre Homem Dual) havendo também exposições de fotografia e pintura, muitas delas da sua companheira Úrsula Mestre.
Nessas sessões de leitura tive a oportunidade de conhecer o trabalho de escritores praticamente desconhecidos como eram o Joaquim Morgado ou o Luís Ene.
E de conhecer os meus amigos alentejanos Tiago Marcos e Luis Caracinha, parte integrante dos Esfinge, projecto musical influenciado pela temática da mitologia grega que foi recentemente ressuscitado.
Haviam muitos outros mais que valeria aqui a pena realçar mas o protagonismo acabava quase sempre por recair nas leituras de Rogério Cão e Rui Cabrita.
E por sua vez as performances eram quase sempre retiradas de um texto chamado a "A Gaveta da Pedra". Foi baseado neste texto que se aproveitou o espaço interino na Fábrica da Cerveja, em Faro, durante a exposição ANDAIME realizarmos a curta-metragem Fragmentação.
O objectivo principal era a participação no Festival Silêncio, um festival baseado em adaptações literárias para o grande ecrã que ocorreu no S.Jorge em Lisboa.
Editado por José Jesus que colaboraria na também na parte sonora com o David Bastos através do seu projecto Near Silence.
Mais do que realçar uma pequena colaboração num projecto cujo o resultado final até foi satisfatório na minha opinião o que mais me motiva realçar é o quanto me fez e continua a fazer falta nestes últimos anos o convívio com outras pessoas como estas que acabei de referir, que fossem capaz de puxar pela tua criatividade em "contramão" com o habitual "bota-abaixo" competitivo e mesquinho.
A falta de partilha fez-me durante muito tempo sentir estagnado, como se "seco" estivesse por dentro.
E apercebia-me disso cada vez que tentava por puxar por essa mesma criatividade.
E apercebia-me disso cada vez que tentava por puxar por essa mesma criatividade.
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