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quinta-feira, 23 de junho de 2016

Recomendação Cinematográfica - Ratos de Porão (o filme)

Nunca faltaram histórias para contar nas anteriores passagens da carismática banda do Brasil pelo nosso pais. Por isso mesmo todos os caminhos vão hoje dar ao Bafo de Baco em Loulé
Após 35 anos a "distribuir porrada" a banda continua viva e recomenda-se. 
Imperdível.




quarta-feira, 22 de junho de 2016

Night Shifts - Budapeste

Talvez influenciado por um breve relacionamento que mantive com uma rapariga húngara, em 2007 através do programa Erasmus candidatei-me para a universidade Eotvos Loránd em Budapeste. E a verdade é que a minha candidatura chegou a ser aceite. Só que infelizmente nesse ano tinha optado por trabalhar e estudar ao mesmo tempo, e por consequência disso acabaria por não fazer cadeiras suficientes para manter a bolsa. Ora, como era eu que ia sustentando os estudos naquela altura, não só tive que cancelar esse meu sonho de viver em Budapeste como tive que deixar os estudos em "banho maria" e voltar para Portimão no primeiro semestre do ano seguinte para tentar arranjar trabalho, embora tivesse conseguido mais tarde terminar o curso verdade seja dita desde que voltei uma segunda vez para Portimão por motivos semelhantes que continuo a ser "assombrado" pela ideia de visitar esta cidade. E por falar em "banho maria" sabiam que existe cerca de 50 termas espalhadas só pela capital da Hungria?! Desconheço a origem da designação "banho turco" mas a verdade é que todas estas termas ficam normalmente em locais de beleza arquitectónica muito singulares e abertas ao público. Aliás toda a cidade, situada junto ao rio Danúbio, aparenta ter uma beleza arquitectónica muito singular. Depois é situada mesmo no coração da Europa, ficando apenas a poucas horas de distância da Roménia e de cidades com Bratislava ou Viena. Se a isto incluíres também Praga e Cracóvia ficamos assim com o roteiro turístico completo. Espero em breve poder finalmente conhecer toda esta parte da Europa que sempre me fascinou. 
Amíg egy napon ( Até um dia destes Budapeste em Magyar, isto se o google translate não me tiver pregado nenhuma partida.)




sexta-feira, 17 de junho de 2016

Night Shifts - Follakzoid


   Já se sabe como funciona isso dos movimentos musicais, muitas vezes surge um determinado movimento, ditado por duas ou três bandas mais inovadoras e que normalmente são da mesma cidade e depois outro e outro, cada um a tentar romper com o anterior e a tentar ser ainda mais radical, foi o que se passou com o Thrash metal dos inícios de 80 ao passar-se para o Death e consequentemente deste para o Black. Claro que houveram sempre subdivisões...do Death para o Brutal Death/Gore,do Crust para o Grindcore,etc. Depois surgem então os revivalismos, até porque tudo acaba por funcionar como um ciclo. O Psicadelismo actual por exemplo parte muito de influências de bandas como os 13th Floor Elevadors ou dos mais recentes Spacemen 3, o revivalismo do Garage sound, muito dos Stooges e dos Mc5 que influenciariam toda uma vaga de bandas na década de 80 que por sua vez também se tornariam fundamentais para todas as bandas mais recentes, mais recentemente tivemos o revivalismo do Krautrock alemão e do Shoegaze e outros que agora não me ocorrem. Tendo em conta o numero de bandas de qualidade que nos últimos tempos surgiram de Santiago do Chile pergunto-me se já não haverá um nome para este movimento, talvez nem seja movimento visto que as sonoridades até são diferentes...falo dos Chicos de NazcaLa Hell Gang, Holydrug Couple e os Follakzoid que de todas estas bandas será talvez a minha preferida. E se eu tivesse que classificar a sonoridade destes chilenos talvez lhes chamasse de neokraut ou algo assim...não sei...a verdade é que são muito bons e apesar de estar mal de fundos (o problema do costume que é como quem diz com falta de guita, money, pilim...) irei fazer um esforço para tentar ir ver-los amanhã ao Musicbox em Lisboa.








Recomendação cinematográfica - The Turin Horse (2012)

Bem...e uma vez que já demonstrei que também gosto de programas de comédia e que também tenho o meu sentido de humor, já posso começar a postar de novo os meus poemas chatos, o meus textos depressivos e a falar de filmes que quase ninguém vê. 
Claro que estou a brincar, mas de qualquer maneira precisava de variar um pouco os temas aqui no blog.
Prometo que um dia ainda falarei de culinária. 
Para já, e voltando aos filmes a recomendação de hoje deve-se talvez à minha recente obsessão por Nietzsche o que me fez procurar o aclamado último filme do húngaro Béla Tarr. 
Creio que será mesmo o último filme da sua filmografia pois este terá decidido terminar a sua carreira no cinema após as filmagens, as razões para o ter feito ainda desconheço e visto que ainda não consegui encontrar o filme completo, prometo voltar a falar do mesmo assim que o consiga ver. 
De qualquer maneira fica feita a recomendação. 



quinta-feira, 16 de junho de 2016

Dr.Diácono

Pergunto-me por vezes porque é que raramente consigo ver televisão. Mas ver o quê?! Ver a Sic Radical ?! Para além de agora já não ser teenager, a verdade é que só costumava ver este canal por causa das reportagens durante os festivais de verão. Além disso nunca fui muito à bola com Rui Unas ou com o Alvim, ao Nuno Markl até sempre achei alguma piada mas ele faz rádio. Resta quem então?!...a Teresa Guilherme?! A Júlia Pinheiro?! Por favor, não me façam começar a falar...Quer se goste, quer se não a figura incontornável da televisão portuguesa do pós 25 de Abril será o Herman José. Por acaso, eu tive a sorte de ter nascido num regime "democrático" e "livre" mas não consigo sequer imaginar o que seria hoje em dia a televisão portuguesa se não tivesse existido um Herman a provocar toda uma sociedade conservadora com todos os seus "tiques" do Salazarismo ainda bem impregnados. Cresci com os programas dele e mais uma vez o YT aqui a prestar-me "serviço público" desta feita a valer umas belas gargalhadas enquanto me recordava de todas as suas personagens. É caso do Provedor Diácono Remédios, o do "let's luque ata traila" ou o célebre comentador futebolístico Esteves. Apesar de aos poucos se ter tornado desinteressante quando já mais abastado, acomodado e gordo (e loiro) resolveu definitivamente apostar nos talks shows no formato do Jay Leno, aonde não perdia sempre a oportunidade para se demonstrar como cantor, um pouco se calhar à imagem do seu idolatrado Frank Sinatra, a verdade é que se calhar soube "sair de cena" ainda na altura certa. Isto sem antes ter deixado a sua marca e influenciado toda uma nova geração de comediantes portugueses.
E prontos...entretanto a nossa televisão lá vai "padecendo" de alguém igualmente provocador e capaz de mexer com todas as mentalidades.









Recomendação cinematográfica - Tachos, Panelas e outras Soluções (O exemplo islandês)


*Mais do que falarem de quem dormia com quem por exemplo no iate do Cristiano Ronaldo os media portugueses terão perdido aqui uma excelente oportunidade de divulgar o exemplo islandês de como se combater uma crise económica. 
Porque é com os bons exemplos que devemos aprender.



quarta-feira, 15 de junho de 2016

RIP Muhammad Ali

*O maior. E não só como o desportista que era dentro dos ringues.
Mas também pela sua personalidade fora deles.




segunda-feira, 13 de junho de 2016

Vale do Tua


* O preço do progresso dizem eles.




As Figuras de Nazca








As figuras de Nazca  

Segundo algumas teorias terão sido feitas por volta de 400 ac. São unicamente visíveis do céu.Representam um macaco, com a cauda enrolada, um condor ( a ave a que os Antigos afirmavam ser" o mensageiro dos deuses") e uma aranha gigantesca de cerca de 40 metros.

sexta-feira, 10 de junho de 2016

Camões

*Feliz dia do "Zarolho".


Camões e a tença
Irás ao paço. Irás pedir que a tença
Seja paga na data combinada.
Este país te mata lentamente
País que tu chamaste e não responde
País que tu nomeias e não nasce.
Em tua perdição se conjuraram
Calúnias desamor inveja ardente
E sempre os inimigos sobejaram
A quem ousou ser mais que a outra gente.

E aqueles que invocaste não te viram
Porque estavam curvados e dobrados
Pela paciência cuja mão de cinza
Tinha apagado os olhos no seu rosto.

Irás ao paço irás pacientemente
Pois não te pedem canto mas paciência.
Este país te mata lentamente.

Sophia de Mello Breyner Andresen, Grades (1970)

quarta-feira, 8 de junho de 2016

Diários de Bordo - Manchester (Cosmosis Fest)






                                                                           Victoria Warehouse ( Manchester) 

Cheguei a Manchester com dois dias de antecedência em relação ao festival. Desta vez não houve nenhum planeamento antecipado a anteceder a minha vinda, foi comprar os bilhetes e dias depois estava no avião. Chego ao Aeroporto de Manchester como alguém que acaba de chegar à paragem de autocarro de uma cidade estranha que não conhece e não sabe bem o que fazer, bem acho que a primeira coisa a fazer seria procurar uma casa de cambio que me trocasse euros por libras...assim foi, depois foi procurar um meio de chegar ao centro, acabei por passar a primeira noite a vaguear pelas ruas tendo acabado por adormecer já de madrugada numa paragem de autocarros perto de Salford aonde apaguei cerca de uma hora e tal. Estamos numa quinta-feira e previa-se um fim de semana bastante agitado com concertos da Rihanna e um derby Man.United vs Man.City e por estes motivos foi difícil encontrar um quarto a um preço minimamente decente. Acabaria por ficar num a partir da segunda noite numa pousada no Northern Quarter mas sem deixar de ser ridiculamente roubado na primeira das 3 noites que lá fiquei. Bastou-me no entanto andar aos círculos durante 3 horas para me ambientar à cidade. Foi fácil concluir que as suas principais artérias partem deste Picadilly Station e que esta era essencialmente uma cidade nocturna e movimentada em qualquer dia da semana. Senti também pela primeira vez o que era uma cidade do norte da Inglaterra e a pronuncia Mancuniana soou-me muito mais familiar e acessível do que a de Liverpool. Apenas cerca de 50 kms distanciam ambas as cidades mas se a cidade dos Beatles poderá parecer mais atractiva do ponto de vista turístico a verdade é que Manchester pareceu me mais promissora no que diz respeito à qualidade de vida. Adoraria viver em Manchester assim como adoraria viver um ou dois anos no norte de Portugal em cidades como o Porto ou Guimarães com as diferenças óbvias da remuneração e da relação qualidade/preço. Na segunda noite acabei por ir assistir à festa de abertura do festival num sitio chamado Sound Control aonde apenas consegui chegar a tempo do concerto dos The Vacant Lots. Chegado o dia do festival bastou sair da pousada e atravessar a estrada para dar de caras com Mr.Newcombe em pessoa que mantinha uma conversa animada com os proprietários de uma loja de musica à entrada da mesma enquanto fumava o seu cigarro electrónico. Consegui chegar à Victoria Warehouse que ficava mesmo junto a Old Trafford (estádio do Man United) com a preciosa ajuda de um grupo de Brighton que me ajudou a comprar o bilhete na paragem do Tram e que já sabia o caminho até ao recinto por lá terem estado no ano anterior. Na casa dos 22,23 anos eram dois rapazes e uma rapariga, e todos aparentavam manter uma cumplicidade mais fraternal, a rapariga não parecia ser companheira de nenhum dos dois o que também que me daria um pouco mas de confiança para começar a desenvolver um dialogo com ela, no entanto fazia sempre a questão que eles se mantivessem "ligados" à conversa. De Portugal apenas pareciam conhecer por exemplo os The Parkisons e nem sequer tinham tido conhecimento do Reverence Valada o que achei estranho, pareceram-me ter ficado interessados em vir ao nosso pais depois de lhes ter falado um pouco mais dos line-ups. Chegado ao recinto senti me logo "integrado", 5 fichas para as Foster's e uma animada conversa com um escocês e um espanhol de Barcelona que vinha "expressamente" pelos Jesus & Mary Chain e foi graças a eles que fiquei a saber que afinal a cerveja Foster's era australiana. Em suma, corria tudo bem, o espaço era enorme com varias divisões entre dois andares e algumas exposições de pintura psicadelica e tatuadores pelo meio, ainda havia um terceiro recinto fora do recinto principal e era impossível ver todas as bandas que interessavam ver, comecei pelos Ringo Deathstarr que já conhecia do Reverence, Uncle Acid & Death Beats, Rev Rev Rev,Lola Colt (grande concerto),Esben and the Witch, finalmente consegui ver um concerto dos The Raveonettes (a prova viva de que o reino da Dinamarca não é só belas loiras e os Roxette) White Hills( mais uma banda que conhecia do Reverence), grande surpresa foi também o hip hop apunkalhado dos Sleaford Mods que pareciam jogar em casa e por fim estava eu na fila para os "veggie" burgers conversando com o espanhol e o escocês quando estes me alertaram para o facto de os Brian Jonestown Massacre estarem já a tocar, foi comer o burger e as batatas fritas a escaldar à pressa e tentar furar pelo meio da multidão, "Government beard"; "Here comes the waiting for the sun" e lá consegui chegar-me perto do palco mesmo a tempo de ver a "Anemone" com a cantora canadiana Tess Parks, habitual parceira da banda nestas andanças. Depois foi cerca de uma hora a ver alguns dos clássicos da banda, a tentar tirar fotos a um quase sempre discreto Mr.Newcombe , quem vê o documentário DIG! fica com a ideia de este seria quase como um "tirano" para o resto da banda, mas não neste dia apenas se limitou a gritar com alguém da banda antes da musica "She's gone" após duas ou três tentativas em falso. Por fim, foi tempo de deslocar-me para um dos palcos secundários e ver The Underground Youth, foi o terceiro concerto deles que eu vi desde 2012 e poderiam já ter sido quatro se tivesse ido a Lisboa vê-los em Abril do ano passado. E nunca canso, ficando sempre presente a ideia que talvez já merecessem o palco principal. Depois ainda haveria tempo para os veteranos Jesus & Mary Chain e os Allah-Las que apenas acabariam por servir como "digestivos" após uma longa e fastidiosa refeição, em suma, grande festival, grande ambiente. Aliás foi sempre assim por quase toda a Inglaterra, talvez a excepção fosse mesmo Liverpool, aonde as pessoas me pareceram mais rudes e de alguma forma parecidas com os"typical british" com aspecto "hooligan" que conheci inúmeras vezes na Praia da Rocha em Portimão ou em Albufeira. Já em Londres por exemplo foi igual, desde ouvir grupos de jovens estudantes portugueses no Tube e fingir que não entendia o que diziam. Após o concerto de Enslaved,em Camden Town ficaria socializando com metaleiros e falando das bandas de Death Metal com uma geração mais nova que teria sensivelmente a mesma idade que eu quando conheci essas bandas, jovens teenagers que me relembraram o entusiasmo teenager que eu igualmente já tinha sentido outrora por esse género musical...sem discriminações, snobismos, merdas nem competividade mesquinha etc... Apenas puro amor pela música e pela fraternidade como eu já não via em meu redor à muito e como aliás deveria ser sempre! Gostaria de voltar a ver um festival em Inglaterra em breve.
O de Liverpool, por exemplo, poderia sem dúvida uma escolha interessante.

Não descartando um eventual festival de metal ou o Desert fest que penso que seja igualmente em Londres.
Saudades da Inglaterra.



                                                                                                                 
                                                                                                                Uncle Acid 


                                        Brian Jonestown Massacre






                                                                   Brian Jonestown Massacre & Tess Parks

terça-feira, 7 de junho de 2016

(des)encontrado




tento aprender de novo as regras na utopia dos desencontros o jogo da cabra cega o livro das interrogações na falácia das sensações sempre aquém e além do que escuto na esperança de ser ouvido insano e profano mas não vivido hinos do nirvana a lírica que não mata a fome canção que engana, em que ninguém tem nome a calamidade imoral a escolha anti social sou deste mundo e sei de cor onde a vida floresce sou escumalha, fragmento de dor de quem se esquece sou o teu espelho imundo,o mesmo que a droga entorpece sou o sexo ensanguentado,truncado,mutilado sobre a navalha indolente,os dias sem voltas a dar em que escolhes encolher os ombros,amiúde e te tentas enganar nas falsas promessas, estórias de encantar estórias sobre o abismo dos abismos a traição épica do hedonismo em qualquer hora, na fuga a este lugar