rosas que florescem
entre jardins de concreto
por agora a hora da morte seguia incerta
catarse de uma eternidade - entre nós havia um oceano inteiro,
e os que conspiram, apelando à intolerância
continuam entregues às suas razões e ao receio
a inveja via televisão
e não escondia todo o desejo de matar,
à hora de jantar
não tenhas pressas
disseram-nos sempre
que éramos loucos apenas
por sermos de capazes de amar
loucos e sorridentes,
sobre os escombros das procelas
erguem se puros
para quem a demência se torna elegância
timbre de uma paralela melodia
ressoando na multidão
expandindo-se pela escuridão
pela aurora
pássaros de mau agouro esvoaçam
escondemo nos em nossas casas
passos vagarosos, os vultos lá fora
são os homens condenados
que caminham em direcção da forca
distintamente sorrindo
Arrepios,
nestas horas nocturnas
em que os vaga-lumes
guiam os nossos olhos cegos
abre, com o teu rosto fechado
o livro de orações
e canta às horas
uma nova canção de embalar
Entre todas as facas escondidas
e o desprezo
mesmo que caminhemos
sob o mesmo sol.
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