rosas que florescem
entre jardins de concreto
a morte
elegia figurativa
em todos os monumentos erguidos
entre nós há os que conspiram,
apelando à intolerância
entregues às suas razões e ao medo
no náufrago da linguagem
no cantar das procelas
regíamo-nos pelas Pirâmides
do antigo Egito
pela aurora
os pássaros de mau agouro
esvoaçam de novo no logradouro
em nossas casas
nós ouvíamos passos vagarosos
os vultos lá fora
eram os homens condenados
que caminhavam em direção da forca
(distintamente sorrindo)
Arrepios,
nestas horas noturnas
em que os vaga-lumes
guiam nossos olhos cegos
abre,
por isso o teu livro de orações
e canta às horas
uma nova canção de embalar
Entre todas as facas escondidas
e o desprezo
mesmo que sigamos caminhando
sob o mesmo sol.
this is my hometown...
but can't still call it home.
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