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domingo, 27 de dezembro de 2015

James Joyce - Dubliners










Já não comprava um livro há quase 4 anos. Os últimos tinham sido o “Just Kids” da Patti Smith e o“Hell’s Angels” do Hunter S. Thompson. Trabalhava para a Ryanair (companhia aérea irlandesa) quando estava no Aeroporto de Faro e lembro-me que os vôos mais baratos eram os para Dublin,Paris- Beauvais, Porto, Madrid e uma cidade qualquer na Dinamarca. Lembro-me também de como era caricato fazer check-ins para Paris-Beauvais com as suas filas intermináveis de emigrantes, pessoas pouco habituadas a andar de avião e com os respectivos farnéis(mesmo à antiga portuguesa).A última vez que estive em Inglaterra foi em 2009 e foi só uma breve passagem de 3 dias, antes disso tinha tido uma estadia de cerca de 2 semanas em Londres em 2006. ( Yes, I’ve only been in England twice.) Sempre tive curiosidade no entanto em visitar a Escócia e a Irlanda.Os voos mais baratos são mesmo os de Faro para Paris- Beauvais,no entanto tendo em conta os recentes acontecimentos pensei que talvez fosse antes uma boa ideia aproveitar os vôos a cerca de 30 euros para ir passar o ano novo a Dublin. Mas o trabalho e a (ainda) pouca disponibilidade financeira fazem com que tenha que adiar uma vez mais este meu sonho.Resolvi por isso mesmo investir neste livro do James Joyce ( que nunca li) .Um dos heróis nacionais da Irlanda.

segunda-feira, 21 de dezembro de 2015

Night Shifts - Jackie Mittoo & Ernest Ranglin

O mestre das teclas Jackie Mittoo sempre fez magia.
Gostaria de arranjar uns álbuns dele.
Pois é dread...1970.
Por sua vez o Kruder & Dorfmeister e Jazzanova já lançaram os seus álbuns neste milénio.
Algo me diz que tal não teria acontecido senão tivesse existido primeiro o Jackie Mitto.



quarta-feira, 25 de novembro de 2015

Night Shifts - The Cure

É inevitável... acabo por sempre perder horas a ver todas as raridades no Youtube.
E os The Cure têm sido de facto "um mimo" para este capitão romance de todas as horas perdidas de sono entre as semanas de trabalho. São muitas horas de sono a menos. São...mas vale a pena. 
Por mais estranho que pareça Robert Smith parece-me irremediavelmente cool no TOTP
A década de 80 também pertencia-lhe e provavelmente ele nem o sabia e será aí que residirá muito do charme neste vídeo.




terça-feira, 17 de novembro de 2015

Recomendação cinematográfica XIII - Smultronstället (1957) Ingmar Bergman

O mais surrealista de todos os filmes do Bergman e talvez por isso mesmo um dos meus preferidos.





quinta-feira, 5 de novembro de 2015

Night Shifts - The Vacant Lots / One Unique Signal










Na pole position de alguns concertos que já vi este ano vão os The Vacant Lots (em Lisboa) e os One Unique Signal (talvez um dos concertos que mais terão ficado na retina no dia em que fui ao Reverence ) 
No post anterior esqueci-me de falar nos Gories (de Detroit) que fui ver quase acidentalmente e por insistência de um casal porreiro que tinha conhecido em Faro, ele alentejano de Aljustrel e ela uma antiga estudante Erasmus da Eslováquia que acabou por ficar-se pelo nosso país. 
Fornecendo a boleia e a companhia de um bom fim de semana em Sevilha, foram sem dúvida a melhor companhia para a ocasião.



quarta-feira, 14 de outubro de 2015

John Fahey - In Search of Blind Joe Death

No restrito panteão dos guitarristas imortais, John Fahey terá sempre uma categoria própria. 
Da mesma maneira que Kerouac está para a tradição americana na literatura, Fahey estará igualmente na guitarra. 
Criador de um tipo de fingerpicking original, este destaca-se principalmente pela sua ambiência e originalidade.
Possuidor de uma discografia vasta, nos últimos anos da sua vida chegaria inclusive a colaborar com alguns dos músicos mais reconhecidos no mundo da musica experimentalista. 
Caso por exemplo dos Sonic Youth ou de Sir Richard Bishop.





domingo, 4 de outubro de 2015

Night Shifts - Anemone

* pintando mentalmente anémonas de Caen como num qualquer sonho de Monet ou Renoir. 
Embora pense que a canção seja mais sobre as anémonas do mar (e não a planta). 












seas of desolation





 this world bleeds now,
battered
and in each blade
each surrendering stone
for every creed,
and all 
that's buried beneath


across the seas
of desolation
an immortal dream,
is soaring
in a surprised tribulation

in stillness
i wander
through
this wastelands
fire spirits in my mind, ashes in my hands

 whence, 
free 
from human disposals 
and trivial proposals 
my lady 
in the fog, don't bend your eyes
goblins laughing
holding rifles in stand

my mistress, my damnation
which 
silently came along
 here
hearing the crown 
of our own imagination


along the pier,
are they 
still awaiting
for thee,
at the day 
that never comes?

to a final
redemption
at the edge
of your
own
sublimation

for 
what desolation
fiercely
they now plunder?

- by lightning 
 they'll claim this earth










sábado, 12 de setembro de 2015

Strategies Against Architecture


*Einstürzende Neubauten ist geil! (german for dummies :P)





domingo, 6 de setembro de 2015

Recomendação cinematográfica XI - Fallen Angels



" Most people work from 9:00 to 5:00
I'm just the opposite
my job is simple
I visit some "friends"
once in a while..
I don't know any of them
and I'm not interested
in them either
because they'll soon be
 gone forever..."









terça-feira, 1 de setembro de 2015

Terry Gilliam - Animations

* Terry Gilliam igual a si próprio.













quinta-feira, 27 de agosto de 2015

Crass - There Is No Authority But Yourself

Creio que já tinha postado isto antes.
 Nunca é demais repetir. 
No que a Punk diz respeito, para mim os Crass foram a verdadeira resposta ao "no future""chaos n' anarchy" dos Sex Pistols. 
Com um sentido de comunidade bem claro em que difundiam mensagens mais "activistas" e "do it yourself". 
Dial House era nome dessa "Squat house" e foi lá que alguns estudantes de arte resolveram formar uma banda com o nome Crass.
Mas mais que uma banda esta tornar-se-ia todo um manifesto, um modo de vida.








Sometimes being rebellious in this fucked-up world just seems the only way to be alive.








terça-feira, 25 de agosto de 2015

Tuff Gong

Haverá sempre espaço e amor na minha vida para o Reggae/Roots e o Dub.
A Tuff Gong Records foi fundada na Jamaica em 1970. Tendo editado o primeiro Ep dos Wailers em 1971. Run for Cover era a música que marcava assim o inicio de uma bela aventura.
De referir que Tuff Gong era também a alcunha pelo qual Bob Marley era conhecido durante a sua infância em Trench Town


"Chanting down Babylon..."














o último homem



Late night


E o império da noite 

por agora encontrava-se pacifico.

A festa havia terminado.

O último homem 

depois de beijar Leonor,

partiu

o semblante era de novo pesado.



Ele quis deixa-la marcada,

fustigada 

na precisão exata do desejo carnal

espasmo que lhe fazia morder os lábios dela.



Quando acordou, 

era meio-dia.

A imposição arbitraria

de sentir algo mais, nas manhãs erectas.

nas formulas secretas da luxúria. 

O navio ancorado num eterno pecado. 

No templo das sombras, conceitos identitários 

toldam-nos a visão

algo aqui desaparecera, t
alvez a esperança.

A chaga não foi bordão destinado a florescer.

Diziam eles que o amor aproximava todos os homens de Deus.

Diziam eles que o amor era lei.

No entanto este homem 

por aqui continuava a desconhecer

a razão de todos os deuses.




Midnight



é meia noite, na plena penumbra

a íntima redenção de um corpo mais 

no rasgar lento das peles 

mescladas na noite febril e perene 

a torre de babel 

está caindo 

envolvem se as fulgures criaturas

nos esconderijos de todas as cidades santas 

e o gato cego,

segue 

sem eira nem beira 

inquieto 

na astúcia contraditória 

de quem acreditava

numa nova vida anônima de contrabandista 



as sanguessugas seguem-nos 

devorando consciências 



volúveis, 

dançavam

todos os corpos celestiais



Ave maria, 


- ascensão celestial da meretriz, 

ansiando pela primavera



mais de cem palavras escutei 

sobre ti 

maria

ao bardo das canções eu pedi 

que fizesse a singela descrição do meu amor 

elevando me nas preces até ti

na graciosidade de maria 

havia

um outro banal ensejo carnal 

que se esvaía 

em céus de vapor




são os negócios de Mefistófeles, 

na delinquência dos prazeres 

santos imorais definham 

nas baladas animalescas

bastardos menestréis 

que deus não quis 

enredos absurdos de uma ira dantesca

rostos de uma verdade esquecida, que segue suspirando  

pelas coxas da mulher poema.



descendo entre as margens 

de um rio de sangue, 

o apocalipse mental de novo aclamava

a fronteira invisível 

como uma dança se delineava, 

entre repetições e perfeições 

o jogral das desgraças

que com as metáforas semeava, 

apenas o adágio

regressivo a todas as bocas famintas.



desta montanha sacra,


- o seu eterno retorno.



de novo a garrafa

que pela hora beatificada

despertava-lhe todos os órgãos vitais

o inferno das sensações inúteis

desta obsidiana casa de vidro

tudo era vago como o homem nu

tudo era frívolo como deus.



de volta 

às ruas do crepúsculo,

todas as fronteiras por aqui são impostas 

pelos limites de quem possuis

desde a obsessão,

a um momentâneo adeus



-  o sal que arde nos olhos 

e queima na pele



na dívida de se ser 

outra vez alguém 

para alguém

o último homem pede  

que lhe leiam de novo 

a sua sina


uma beleza grandiosa trespassava

do seu quarto vazio 

apenas uma imagem replicada

depois de tantas horas passadas, 

a conclusão 

- o simples acto de revolta, nunca terá por si só fim certo



fui mendigo do teu desejo

e capitulei 

bem longe de ti, à 


beira mar.

-









           

          sábado, 22 de agosto de 2015

          the harvest of raging seasons




          the unraveling of the celebrations
          reads the fate of our charming desperation  
          behold, as the mantle of illusions fall's
          over their celebration halls

          higher spirits 
          are guided by beguiled, 
          in the balance of the degenerated
          that burns the flesh
          and shackles the faith

          through the harvest 
          of our raging seasons, 
          the blooming seeds
          of all forgotten reasons


          the revealed plague 
          arose
          plague forgotten 
          at the dawn
          of all our
          crystal memoirs

          a frail temptation
          formed by miasma of sirens
          for their savage beauty, we plunged our eyes and tear our hearts 
          resonating thunders
          groaning 
          under mystic skies
          howling mother of ours
          come forth 

          the iron will, do not cease the coming storm
          bringer of aisles of the underworld, 
          the conquering worm
          a lingering omen of emptiness
          recollecting our memories
          the crew withdrew 
          as the roaring winds blew
          so hideous 
          so profane
          this abyss quench us again
          through grips of darkness, under this warm autumn rain 
          silence is our new word
          silently new world, men of straw they awed
          - for a lethal cold god

          all children wait
          under their caves, on death valley
          they rally in faith
          with no moral distinctions
          a judgement of heaven & hell 
          intertwined
          - the plague is the law
          the law pervading our humanity


          amidst
          a innocence loss 
          the mercurial course 
          to whom may wander
          from Venus to Mars
          (between genesis and chaos)

          quinta-feira, 20 de agosto de 2015

          diarios de bordo (feira medieval de silves - a lenda das amendoeiras)

          A propósito da Feira Medieval de Silves que decorreu a semana passada, lembrei-me da lenda das amendoeiras em flor que aprendemos nos livros de história na escola primaria. Haja por isso mesmo alguns motivos de optimismo em relação ao ensino escolar, desde que se continue preservando os traços de uma cultura milenar.

          Há muitos anos atrás, quando o reino do Al-Gharb ainda pertencia aos árabes, reinava em Chelb (antiga designação para a cidade de Silves) o jovem rei Ibn-Almundim. Num certo dia este terá encontrado entre os prisioneiros de uma batalha, uma princesa loira e altiva de nome Gilda. Impressionado, deu-lhe a liberdade, conquistou-lhe progressivamente a confiança até confessar-lhe o seu amor pedindo-lhe para ser a sua mulher. Foram felizes durante algum tempo até que um dia esta princesa adoeceu, desconhecendo o motivo da doença, o rei desesperou e apelou a um cura da suas terras para que a viesse salvar. Este revelou-lhe que a princesa sofria com a nostalgia de voltar a ver a neve do seu pais. Por esse motivo o rei terá exigido que plantassem amendoeiras por todo o seu reino. Com a chegada da Primavera o rei levou a princesa à janela para que essa presenciasse a bela visão das amendoeiras em flor, curando assim a nostalgia pela sua terra natal. Ano após anos o ritual foi-se repetindo no inicio de cada Primavera proporcionando assim o final feliz digno de todas as histórias de encantar.  











          sábado, 15 de agosto de 2015

          Santa Maria, Gasolina em Teu Ventre!

          Como é que é possível existir uma banda destas em Portugal na década de 80 e praticamente não se sabe nada sobre eles?! 
          Pelo pouco que sei Jorge Ferraz era o mentor do grupo e Tó Trips e Adolfo Luxúria Canibal terão sido colaboradores em algumas das músicas.







          quarta-feira, 12 de agosto de 2015

          wishing star of yesterday






          inca flower, 
          new visionary prayer
          charming dancer of chaos
          echoing from eden, my faith deceiver 
          lullabies, that caress our crimson skies
          a figure laid down in our minds
          a legacy of thoughts, uncovering all 
          while composing vanity's cloths
          trampling feelings for lost siblings
          raped and corrupted, for all what is worth
          finding reasons
          everyday, 
          new reasons
          in this spinning against the earth
          to give you 
          a freedom at all cost
          a silhouette 
          a rebel's minuet 
          that we dance till daybreak

          building all bridges to further places
          I've always been here, to remember this hazy spaces
          where the thin foil still corrodes
          - and the fourth wall is no more 

          lean outside, 
          hark this reign of melancholy 
          awaken 
          suddenly
          by this strange morning 
          bird choir
           
          wishing star of yesterday, 
          would i follow you now?
           
          -  into north east, they say

          a rain dance to overcome 
          and pour out 
          in form of a passionate road
          snared with storms
          where they gather 
          grimly faces to beware
          in all their garnished thrones
           

          for today 
          i'm nobody
          i'll carry the shape
          of your innocence 
          with me

          i'll drink you
          to take you 
          on my mind
          i'll write you
          to send you free

          but i'll get lost
          as the moon dust
          shining
          along 
          the willow trees.

          segunda-feira, 10 de agosto de 2015

          Goat - Glastonbury 2015

          *Voodoo rituals and world music insane sounds from Sweden...that's Goat...and they're taking no prisioners…




          a dangerous drug (to sing along)








          what Josie said? binding us within a circle of her endless lies through a chanting of lullabies, a dangerous drug to sing along through the loudest frays her demands were not done yet,
          the first dream of a bleak memory to sip it together with mystique and rum her naked plum hallowed passion ties electrified bodies going through disintegration tides - to where this essence runs and truly abides solemnly when, we remember all the several afternoons at her sisters room
          slighter than happiness i sway and kiss her proud thighs the honey hive, in the morning haughty desire to drink her love, like the soul of a new province to discover a mild promise in her secrets to endow.
          in our love undone
          bare as we were
          i kept it
          hidden in the trees

          eras tu







          Cruzeiro Seixas



          Eras tu 
          o meu segredo
          nas entrelinhas.
          Eras tu 
          a sombra de todas
          as cidades sem nome
          por onde derivo
          incisivo 
          na incerteza 
          de quem se esquece de si


          animal ferido 
          de morte 
          que aprendeu
          na dureza das palavras, 
          a sua última pureza 
          moldando
          todos os traços vitais
           de um universo ignóbil.

          Não sou eu,
           quem tu tanto querias ter?!
          Chega-te de novo. 
          aqui ao pé de mim
          ouço-te à tanto tempo 
          no tempo dos outros.
          Quem sou eu hoje?!
          Nada mais que um homem.