Cruzeiro Seixas
Eras tu
o meu segredo
nas entrelinhas.
Eras tu
a sombra de todas
as cidades sem nome
por onde derivo
incisivo
na incerteza
de quem se esquece de si
nas entrelinhas.
Eras tu
a sombra de todas
as cidades sem nome
por onde derivo
incisivo
na incerteza
de quem se esquece de si
animal ferido
de morte
que aprendeu
na dureza das palavras,
a sua última pureza
moldando
todos os traços vitais
de um universo ignóbil.
Não sou eu,
quem tu tanto querias ter?!
Chega-te de novo.
todos os traços vitais
de um universo ignóbil.
Não sou eu,
quem tu tanto querias ter?!
Chega-te de novo.
aqui ao pé de mim
ouço-te à tanto tempo
no tempo dos outros.
Quem sou eu hoje?!
Nada mais que um homem.
ouço-te à tanto tempo
no tempo dos outros.
Quem sou eu hoje?!
Nada mais que um homem.
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