Fando y Lis, foi a primeira longa-metragem do cineasta chileno Alejandro Jodorowsky e incitou um tumulto quando estreou no Festival de Cinema de Acapulco em 1968 e acabou sendo proibido no México.
Blasfemo, sexualmente desviante e com uma linguagem por vezes brutalmente violenta, o filme é um produto do Mouvement Panique, o coletivo fundado em Paris em 1962, que, no espírito do Teatro da Crueldade de Antonin Artaud, visava criar performances para provocar os sentidos do público, no lugar de enfatizar a importância de encenar textos escritos diante de espectadores passivos.
Filmado a preto e branco e com um baixo orçamento, este segue a peregrinação da relação disfuncional de Fando e Lis à mitológica e paradisíaca cidade de Tar.
Fando, o estereotipado homem dominante, mas insatisfeito e inadequado, carrega Lis a sua esposa paraplégica, por terreno em ruínas e paisagens irreconhecíveis.
Neste caminho tudo segue servindo o espectador com relíquias simbólicas da infância da personagem.
Representando tanto com o que os trouxe, como igualmente o que teriam que enfrentar ao longo do caminho.
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