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quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

thoughtless thoughs


peeking out from the skies

like a kingdom of chimaeras

memories of one-night stands

travelling into my wondering gaze 

making me realize 

that nothing makes sense

with nothing

in this city of lust...



René Magritte

satellite of love ( The Million Dollar Hotel soundtrack )

Satellite's gone 
Up to the sky 
Things like that drive me 
Out of my mind 
I watched it for a little while 
I love to watch things on TV 

Oh...satellite of love 
Ah...satellite of love 
Oo...satellite of love 
Satellite 

Satellite's gone 
Way up to Mars 
Soon it will be filled 
With parking cars 
I watched it for a little while 
I love to watch things on TV 

Ooo...ahh...satellite of love 
Ha...satellite of love 
Satellite of love 
Satellite 






quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Cinema Expressionista - Dr. Caligari (1920)



Cinema Expressionista
(“ O Expressionismo é um jogo” – Dr.Mabuse)

  
  A época dourada do cinema alemão coincide com o período de convalescença da I Grande Guerra.
  Os primeiros filmes a serem catalogados como expressionistas terão sido Der Golem (1920), Das Cabinet der Dr Caligari (1920) e Nosferatu (1922).
   O director mais conhecido vindo desse período foi sem duvida Fritz Lang, que faria também uma carreira bastante produtiva em Hollywood, aonde viveu mais de dez anos como exilado.
   Fritz Lang passou grande parte da adolescência em Viena, talvez mesmo influenciado pelo popular retratista local, Egon Schiele, terá chegado a ambicionar seguir uma carreira como pintor, apesar deste pormenor no entanto negaria sempre a influência do Expressionismo nos seus filmes (“O Expressionismo é um jogo- dizia a personagem principal do seu primeiro Dr Mabuse) embora filmes como M (For Murder) ficassem demarcadas na história do cinema como referências do movimento, muito devido ao “curioso jogo de sombras” entre a personagem de Peter Lore, o assassino de crianças e o espectador.
   Esse “jogo” também visava criar contrastes extremos,entre luz e sombra,o chamado Chiaro Obscuro, todas estas ambientações sinistras e obscuras seriam igualmente percussoras do filmes noir norte-americanos. O facto de alguns realizadores e actores terem mesmo exilado-se em solo americano no período da II Guerra Mundial terá contribuído decisivamente para o surgimento de tais estilos, caso por exemplo de Karl Freund (realizador do primeiro Dracula em 1931) de referir que até o mestre do suspense, Alfred Hitchcock estagiou durante algum tempo nos estúdios da UFA, o estúdio alemão que faliu logo após ter financiado a obra megalómana de Lang, Metropolis (1927). Os enredos dos filmes lidavam com a loucura, insensatez, traição, sendo estes carregados de simbolismo e por vezes seguidores de uma temática que lembrava o lado onírico também muito abordado pelo Surrealismo. Inconfundível sem duvida era o estilo dos cenários utilizados em Nosferatu e Dr Caligari cujas formas geométricas e cujo o imaginário nos faz recordar imediatamente as cidades e ruas que os quadros de Kirchner ou Schiele nos apresentavam.
   No cinema contemporâneo existem claras tentativas de captar o espírito do Expressionismo Alemão em filmes como: Blade Runner (1982) ou Batman Returns (1992) cujas cidades são impossíveis de se dissociarem das emblemáticas imagens de Metropolis, Tim Burton será muito provavelmente o realizador que mais foi beber a essa fonte.
Veja-se filmes como Edward Scissorhands e compare-se as semelhanças entre a personagem do Johnny Depp e o sonâmbulo de Dr Caligari ou então os cenários de Sleepy Hollow com os utilizados em Der Golum e Nosferatu, cenários esses que seriam homenageados numa musica contemporânea dos Red Hot Chili Peppers, no videoclip The Other Side.           







Por muitos considerado o expoente máximo do cinema expressionista,Dr Caligari (1920) foi realizado por um desconhecido Robert Wiene, que conta-se, terá substituído Fritz Lang na escolha inicial da produtora.
As imagens sao como reflexos em espelhos deformantes.
E em todos o cenários a perspectiva torna-se invertida
A fotografia faz realçar o chamado Chiaro Obscuro com contrastes violentos e fortemente anti-realistas que acentua ainda mais esse processo de inversão, numa intenção de estética onírica e totalmente surreal.
 Toda esta estética visava criar no espectador a perspectiva de um louco que narrava a sua história num manicómio. A narrativa parte desde o inicio até ao epilogo de uma visão delirante.
  
Os cenários, criados em pedaços de madeira e pano por varios pintores expressionistas ainda existem e estão expostos no Museu do Cinema Henri Langlois, em Paris.  



quinta-feira, 15 de abril de 2010

o conflito de eros




*Litografia de Marc Chagall 
( un conte des Nuits )




o conflito de eros


Recuperamos a visão
para toda a indiscrição 
do mundo 
como estátuas de sal 
ruindo,
  entre a multidão

Tu sabes de que país venho eu
aprendeste a língua dos sábios de outrora
e possuis os segredos de todos eles
nas serenatas 
que cantas com o teu olhar.

Trepando aos céus 
nas noites de Agosto
doce Judith, por ti
continuei a procurar
todo o aperfeiçoamento 
da leis mágicas

- na ressaca da humanidade.


Nas horas
em que me entreguei
à tua memória 
como confidente 
somente a lua sentinela  
nós fomos anjos sensuais
e desejávamo-nos.  



               
                                                                                                              
                       

terça-feira, 16 de março de 2010

Passagem de ano ( the way out is through)

  






-de repente ví todos eles 
deporem suas máscaras, 
de tal modo fiquei assustado
com o que me projetaram
que tornaria
a colocar a minha.

Habitas 
dentro de mim musa,
no ventre 
da fera em mim

dentro do teu ser 
habitam 
todos os de que 
 fizeste presas 
ostentativas
 pelo antro 
dos teus encantos.

falam-me agora 
  de um paraíso de outrora
sem réis 
Shangri-La
de portas abertas,
sempre,


 a ordem divina 
das melodias 
que nos comovem
crescem no paladar 
a prenuncia do amor 
entre outros clamores
 ganham contornos
hipnóticos
na embriaguez 
de todos os nossos 
 Paraísos Artificiais.



Fragmentos de pensamentos III

  Não existe corpo físico...existirá apenas uma noção ou ideia de corpo... matéria do que as outras pessoas pensam que és e o que tu julgas ser pelo conhecimento adquirido e tudo aquilo que realmente és...pela transcendência que vais atingindo com todo esse conhecimento...do Ego para o Superego ou como diria Breton "de Eros para Thanatos"



Já Bob Marley por sua vez dizia: "Eu fui um Rastafari a vida toda, a questão que deve colocar-se é a seguinte: quanto tempo até lá chegar, quanto tempo levarei eu a crescer?!".



Eu pergunto por vezes se o artista cria os objectos artísticos ou se por vezes somente limita-se a recolher-lhas, a transfigurar-las e a orientar-las...
   O mito da ânsia demiúrgica?! Ou será somente (re)criação?! Vontade artística como Deus criador e ao mesmo tempo como um mímico que deseja substituir e sublimar toda a vontade de brincar que existe dentro de si desde criança.


(...) Não é o futuro que me preocupa, mas antes a inércia do presente e o medo do passado a ressentir-se e a influenciar já um possível futuro...fugir nunca é solução...o sinal encontra-se intermitente e eu terei eu ficado engasgado nesta adolescência conturbada mas o tempo não perdoa. Receio de quê?!...não ter medo de nada simboliza falta de amor-próprio e de amor pelos outros mas por sua vez o ter medo de tudo simbolizará um excessivo altruísmo. O simples medo de algo, para além de não simbolizar indiferença, talvez seja uma vontade conservadora de quem tudo questiona e desconfia entrando assim em contradição com a auto negação...Então e o medo do Nada?!


2001

terça-feira, 9 de março de 2010

Eraserhead



                                                   * Eraserhead - David Lynch( 1977)


  Finalmente tive o ensejo de ver a primeira longa-metragem do realizador norte-americano David Lynch. No âmbito do ciclo do Fantasporto que está a decorrer esta semana (de 8 a 12 de Março) no Teatro das Figuras em Faro, o filme que iniciou este ciclo dedicado ao horror e ao fantástico foi nem mais do que o clássico underground Eraserhead.
   Como qualquer conhecedor da biografia de Lynch certamente saberá, durante o seu período académico este realizou 4 curtas metragens:Six Men Getting Sick (1966), The Alphabet (1968), The Grandmother (1970) e The Amputee (1974). Embora eu ainda só tenha tido a oportunidade de ter visto uma destas curtas, a sensação que existe é que estes filmes recorrendo muitas vezes à técnica do Stop motion (técnica de animação de fotograma em fotograma),tentavam seguir aquela que ainda hoje será referência principal no cinema de Lynch,a escola Surrealista. A interpretação dos sonhos freudiana que nos surge em muitos dos seus filmes, lembra-me Cocteau ou Buñuel e por vezes,recordam-me também filmes que Lynch deve ter visto e admirado vezes sem conta na sua Academia de Belas Artes.Como por exemplo, o filme Dadá de Fernand Leger, Ballet Mecanique (1924).
  Para tentar compreender melhor este Eraserheadprocurei então todas as referências que acabei de referir mas de facto não é um filme fácil.Este foi um projecto de cinco anos realizado sobre grandes dificuldades, tendo o realizador recorrido constantemente a ajudas financeiras de familiares e amigos para conseguir finalizar o filme.
  O bizarro,o absurdo e o horror se misturam e o que vem à tona é o lado mais obscuro do subconsciente.Fica-se com a ideia de um sonho distorcido, paramos de pensar, a "história" processa-se como uma hemorragia de sequências e imagens nonsense .Este Cadáver Esquisito Lynchiano mostra-nos como a cabeça do pai de uma criança deformada pode ser utilizada para fabricar lápis borracha, isto tudo nos sonhos da personagem,daí o nome Eraserhead. 

Ok. Pelo menos isto creio ter entendido. Mas que filme estranho.


"in heaven...everything is fine..."





sexta-feira, 5 de março de 2010

Álbuns que mudaram o mundo




*Caetano Veloso - Transa



     Não, não vou falar-vos do Sgt.Peppers, do Electric Ladyland, Dark Side of the Moon, Raw Power, London Calling ou OK Computer. Para começar mais uma rubrica aqui no Conflito, resolvi começar por falar um pouco sobre Transa(1972) um álbum marcante na longa discografia do cantor baiano Caetano Veloso,numa das suas fases mais irreverentes.
   Conta a história que Caetano na época com 30 anos e exilado em Londres,se deslocou ao Brasil em 1971 para assistir à cerimónia de comemoração do 40º aniversário do casamento dos seus pais.Durante essa estadia seria detido e interrogado no Rio de Janeiro,durante a detenção,os militares do antigo regime terão-lhe sugerido que gravasse uma música que homenageasse a nova rodovia Transamazônica - na época uma construção polémica pelo seu preço exagerado e por ser um projecto claramente "faraónico".Uma enorme rodovia com cerca de 4000 kms, que atravessa transversalmente o Brasil, desde o Paraíba até ao Amazonas. Caetano não terá gostado da imposição e, de volta a Londres grava um LP com o nome de Transa, claramente numa alusão irónica ao nome da rodovia e um trocadilho com o verbo brasileiro transar. Será talvez a forma que Caetano encontrou, para sugerir a um regime tão opressor,tradicional e sorumbático, que tanto perseguiu a ele e a outros nomes importantes da MPB (Música Popular Brasileira) nos finais da década de 60, de que o que necessitava era de mais Transa mesmo.
  O álbum é, em grande parte, cantado num inglês com sotaque,o que dá um carácter mais exótico às músicas já por si só extremamente originais, dentro desse lote destaco naturalmente Nine out of ten.
Acerca desta música Caetano disse o seguinte:


"(...)a minha melhor música em inglês. É histórica. É a primeira vez que uma música brasileira toca alguns compassos de reggae, uma vinheta no começo e no fim. Muito antes de John Lennon, de Mick Jagger e até de Paul McCartney. Eu e o Péricles Cavalcanti descobrimos o reggae em Portobelo Road e me encantou logo. Bob Marley e The Wailers foram a melhor coisa dos anos 70. "




  

terça-feira, 2 de março de 2010

parou de chover / belle de jour

Parou de chover.
As nuvens começam a desvanecer.
A noite torna-se novamente nua.
O luar clareia as ruas
e de todas estrelas 
nasce um sorriso travesso.
Mesmo na incerteza 
se alguém 
alguma vez 
pensa em mim,
pensarei em ti sempre,
escondido neste refúgio
à beira-mar.


                                                            After the rain,1899 G Klimt
                                                                                                                    


como árvore 
sem vestimenta,
os ramos tornam-se secos
enquanto as raízes 
continuam 
penetrando o subsolo,
apenas a mudança de estação
poderá trazer 
de novo a seiva e a flor...





Belle de jour

respiro o teu ar, mais alto
e sem ninguém à minha volta
ato todos os cordões umbilicais, mais fortes
na distância das noites
à superfície do que em ti semeei,
nasce um dançar prisioneiro querendo romper
com a cortina dos dias Memória dissidente de um beijo. Apenas e só. Cinema mudo sem espectador.


Diários de Bordo (Lagos)

    Acordo e espreito pela janela...o deus dos trovões não dá tréguas hoje.
Chuva e vento comprovam como se encontra chateado com todos nós, e eu vou tentando comunicar como todas estas entidades omnipresentes desde a tua ausência, nesta ressaca silenciosa em que a memória do teu rosto resiste na tenacidade de um quarto escuro.


   Hoje tinha pensado ir a Lagos. Adormecer no areal da Praia do Pinhão.
Não me perguntes o que esta cidade tem de especial, pois eu próprio também não sei responder. Talvez seja pela mobilidade de quem foge à rotina diária destes mesmos rostos  que te sufocam e prendem a fala. Assustei-me no outro dia, enquanto tentava falar com alguém e não conseguia...apercebo-me cada vez mais de que as drogas têm esse efeito em mim...tornar cada vez mais fundo o abismo que me separa da nossa comunicabilidade.

   Mas Lagos, Lagos....bem de facto faz sol em Lagos...

E é pela janela do comboio que espreito e te escrevo agora estas palavras e parece até que aqui a tal entidade divina e omnipresente já não se encontra chateada connosco.
   Um nervoso miúdo invade-me, como me fosse reencontrar contigo pela primeira vez desde daquela noite que nos conhecemos, talvez não seja Lagos mas antes tu o destino pelo qual eu tanto anseio. Algumas dúvidas antecederam esta vinda, que já estava planeada há muito mas que a falta de tempo parecia não querer permitir.
  
   Ao visualizar a Marina, ao sentir de novo esta brisa relembro-me novamente de ti e dos teus cabelos que dantes eram curtos e agora imagino-os longos, inquietos e selvagens...um dia virás aqui comigo também. Os locais dir-te-ão as mais belas praias do país e até mesmo os pequenos grupos de holandeses e alemães, os foreigners, cidadãos foragidos do rebuliço das cidades gigantes, te irão dizer que este é um lugar tranquilo para se viver.


quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

guitarra 66



   Gosto bastante do novo projecto de Tó Trips, pois cada nota da sua Guitarra 66 transpira a ambiência de um lisboeta cidadão do mundo. A não perder no Café Concerto do Teatro Municipal na próxima sexta-feira.
   É recomendada uma audição, especialmente para quem goste de Norberto Lobo e dos álbuns acústicos de Six Organs of Admittance.

  Curiosamente, apercebo-me que poderá estar precisamente aqui, a resposta à pergunta do meu post anterior, como alguém que tenta contrariar a natureza do ser nómada que é (e que somos todos),creio que necessitarei sem dúvida de voltar a viajar. Sem rumo. Com já fiz noutros tempos, sentir o prazer do reconhecimento dos lugares e das coisas. Releio agora O Anjo Mudo procurando isso mesmo, mas não chega, terei igualmente que esquecer todos os espelhos e procurar antes pelas respostas nas estradas,planícies,horizontes deste vasto mundo por (re)conheçer.

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

lisbon city blues

.





                                            Eduardo Gageiro



Lisbon City Blues


Olisipo,
a filha de Ulisses,
que se esqueceu do hino da nação
numa outra cidade, seria eu a sua narcótica canção

sem ninguém mais para te amar
nem ninguém mais para te temer
não te esqueças das bebidas
não te esqueças de ecoar todas as nossas causas desmedidas
e de abrigar os teus filhos nocturnos
com a palavra crente, quase amarga
absurda por vezes,
mas que ninguém acuse de ser fingida

da sua noite foraz,
brotam sorrisos e beijos
pela hora das colheitas, que nos trás
a erva-das-maleitas para todos os ensejos

Cidade Mãe
embora muitas vezes
também madrasta.
andrajosos corsários,
vivem amores efémeros,
entre vielas e becos escondidos
ancorados às contradições
mercenários com corações tatuados,
entregues ao repouso austero.
até à hora das despedidas,
sem apegos nem distinções

Já o Alberto Caeiro sabia.

"O Tejo é de facto o rio mais belo da minha cidade,
mais não seja porque é o rio que corre pela minha cidade"


Displicente
como todos nós
vulgos da sua colectiva memória
O Tejo será sempre isso,
o rio ao qual
o nosso olhar se entrega casualmente
aos céus do esquecimento.

Mas tudo é perfeito,
Por estar vazio,
Porque perfeito
e vazio,
nem sequer está acontecendo.
entre o rio que nos separa
um sonho interdito, num fado desdito
um fado quase maldito,
maneirismo corporal de uma utopia
revolução esquecida 
que recompensou toda a letargia
à distância desta nossa dicotomia
pela vivida excentricidade das suas ruas, um pranto
vive-se intensamente o sentimento, que em breve passará a lembrança
estrela de papel, elegendo uma outra esperança
o brilho esse deve se ao vinho rubro que encanta



segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Recomendação Cinematográfica (Tetro - Francis Ford Coppola)

Hoje irei retornar às sessões do Cineclube de Faro para finalmente assistir a uma das estreias do ano passado mais aguardadas por mim. (Talvez só mesmo superado pelos Limites do Controle de Jim Jarmusch)
Para este interesse pelo novo filme de Copolla, sem dúvida que contribuirá o facto do actor a representar o papel da qual se centraliza a história do filme Tetro ser nem mais do que um dos actores americanos mais interessantes e "fora da caixa"...sim chamemos-lhe assim...da actualidade hollywodesca, Vincent Gallo.


segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

a marriage of heaven and hell


William Blake


   "Para qualquer poeta visionário, 
o amor é a única árvore da Verdadeira Vida..."