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domingo, 10 de maio de 2020

o efeito borboleta


Como se de uma vida suspensa num bater de asas de uma borboleta tratasse, perguntava-me 
muitas vezes como seria este mundo se nunca tivesse nascido.
O eu primordial que somos será apenas e somente criação nossa,
uma dança que dança 
pelas cordas suspensas de um abismo.
A substância camuflada de TODAS as coisas.
Ser vivo inebriante que se confunde TODOS os dias.
Portas sobre portas. 
Que se vão abrindo num voo rasante 
de fora para dentro.

Como que instruídos, a negar tudo o que dantes era supérfluo.
Transcendendo obstáculos, um por um.
O grande mistério esse resiste, como que coberto por um véu
 formado pelas águas de uma cascata à entrada de uma gruta.
Será que nos completamos ou apenas nos projectamos.
Um à entrada dessa mesma gruta com vista para o exterior.
O outro provindo desse exterior 
aproximando-se cada vez mais da gruta.
Um luz outro breu.
Um viva voz, 
um outro estendendo-se pelo silêncio entre os espaços.
Quid pro quo. Avanço assim que tu avances.
Dos teus concílios nocturnos com as estrelas, renasces 
na decorrente distância cada vez mais palpável dos nossos dias.

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