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segunda-feira, 4 de maio de 2020

ninguém dorme ainda









tomando o teu pulso
e sucumbindo de novo
demasiado tarde para morrer hoje
demasiado cedo para viver amanhã
ninguém dorme ainda
na esperança dos crepúsculos 
num fechar de olhos apenas,
quantas sereias estariam 
ainda velando por nós
numa visita tardia
quantas noites mais
me irias deixar sozinho afinal.

levados pelo engano,
de um reflexo, 
as vozes do tirano 
relembrando tudo, a noite
sempre a noite e as suas amantes
. 
a sentida esperança por algo novo
o sentido pecar por este amor mais sagrado




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