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terça-feira, 5 de maio de 2020

príncipes do infortúnio



O espectáculo da morte
na frivolidade da vida.
O homem dilui se na sua linha costeira.
E quebra se de novo nos leitos desfeitos do amor.
Não acreditava no Céu nem no Inferno, apenas e só nos seus fantasmas.
E estes fizeram no arrepender se de ter nascido.
Não podiam esperar outra coisa que não fosse a revolta pela calada.
O rosto coberto num vivo rubor.
Rodeado pelas chamas.
Príncipes do infortúnio dançando ao ritmo das marchas fúnebres.
Podiam se contar luas 
na combustão dos inocentes.
Valsas que se ouvem no estertor das ideias.
O ritmo da criação no epicentro dos deleites.
A opacidade de fazer-te crer 
entre todos eles,
esquecendo assassinos que crepitam durante as noites.

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